Deputados do PSDB reiteraram nesta quinta-feira (06) apoio à médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos. Os tucanos exigem explicações do governo sobre os contratos de trabalho assinados pelos médicos com as autoridades federais.
Há três dias, a cubana deixou a cidade de Pacajá (PA), onde atuava, e veio para Brasília. Ao chegar na capital, ela pediu auxílio do DEM para ter asilo político no Brasil. Segundo ela, foi motivada pelo fato que os profissionais estrangeiros não cubanos recebem R$ 10 mil. De acordo com Ramona, os cubanos recebem US$ 400 (cerca de R$ 965).
O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) disse que não é para se “fazer juízo de valor” sobre a necessidade ou não da atuação de médicos estrangeiros no país, mas de uma situação absurda que precisa ser explicada. “O caso demonstra pelo menos uma coisa: ninguém gosta de ter a maior parte de seu salário “retida” pelo Estado. Para o governo do PT, porém, parece normal que o suor alheio sirva para financiar uma das mais longevas ditaduras do mundo”, criticou.
Para Jutahy Junior (PSDB-BA), a situação assemelha-se ao trabalho escravo. “O governo ditatorial de Cuba fica com 75% do valor da remuneração dos médicos. Só um governo petista é capaz de permitir tamanha vergonha”, postou o deputado no Facebook.
Em entrevista coletiva, na quarta-feira (5), a médica afirmou que as condições de trabalho do programa são de fato semelhantes ao trabalho escravo. A cubana disse ter se sentido enganada.
“Em Cuba falaram para nós que teríamos um contrato de trabalho por mil dólares, US$ 400 aqui trocado e US$ 600 em uma conta. Mas quando eu vim para cá, que comecei a ver pela internet e falar com médicos da Colômbia, Venezuela, que ficavam aqui trabalhando no mesmo programa, eles falaram que eram R$ 10 mil. Eu fui investigando e descobri que 10 mil dão para o nosso país. É um engano, uma vergonha para nós. Por isso eu decidi fugir”, ressaltou a profissional cubana.
Do Portal do PSDB na Câmara