Brasília –O presidente da empresa que administrava o hotel Saint Peter, em Brasília, o panamenho José Eugênio Silva Ritter, e que ofereceu emprego ao ex-ministro José Dirceu, condenado no Mensalão, é um auxiliar de escritório na Cidade do Panamá, segundo reportagem Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculada nesta terça-feira (3).
De acordo com a Rede Globo, o panamenho tem várias empresas ligadas ao seu nome, embora leve uma vida humilde, em um bairro de periferia, na capital do Panamá. A descoberta sobre Ritter veio à baila no momento em que Dirceu tenta o direito ao regime semiaberto para trabalhar como gerente do hotel Saint Peter.
O vice-líder da Minoria na Câmara, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), afirmou nesta quarta-feira (4) que pedirá esclarecimentos. Segundo ele, uma representação está sendo elaborada para exigir explicações.
“Essa denúncia mostra que o laranjal adubado pelo ex-ministro [José Dirceu] ultrapassa fronteiras”, reiterou Imbassahy.
“A impressão que se tem é que o poço é mais profundo do que se imagina. É preciso investigar e trazer à tona a verdade”, disse.
Pela função, Dirceu receberia um salário de R$ 20 mil por mês no hotel. “A oferta de emprego já era muito estranha antes dessa denúncia”, destacou Imbassahy. “Onde há a presença do Sr. José Dirceu, há informações desanimadoras.”