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PSDB – AP
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“Reforma ministerial de Dilma atende aos interesses do PT”, diz Aécio Neves

4 de fevereiro de 2014
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aecio-neves-coletiva-600x400-300x200A reforma ministerial promovida pela presidente da República Dilma Rousseff foi um dos principais pontos criticados pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Em visita ao Show Rural, uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, Aécio disse que a reforma anunciada na semana passada atende exclusivamente aos interesses petistas.

“Reforma, a expressão já diz, pressupõe uma mudança, obviamente para melhor. Ninguém reforma para piorar. Infelizmente, a lógica que rege as ações do governo não é a do interesse nacional, é a do interesse eleitoral. Há mais de ano nós não temos uma presidente da República full time. Nós temos uma candidata a presidente da República full time, com uma agenda quase toda focada na reeleição”, afirmou.

O senador reiterou que as mudanças feitas pelo governo federal contemplam setores “onde os feudos do PT são garantidos”, já que se concentram em áreas com os maiores orçamentos, como saúde e educação, promovendo a ministros figuras “que o Brasil não teve ainda a oportunidade de ver atuando com responsabilidades dessa dimensão”.

Respostas

Para o presidente nacional do PSDB, a gestão petista não discute os problemas do país com o povo. Segundo Aécio, uma resposta mais adequada aos anseios da população seria a diminuição pela metade do excessivo número de ministérios, 39, número que fica atrás apenas do Sri Lanka.

“Quando, durante todo esse processo de discussão, nós ouvimos reuniões para ver o que é preciso fazer para que, na educação, nós saiamos da situação vexatória em que nos encontramos hoje em todas as avaliações internacionais? Como fazer com que a gestão na saúde pública seja mais eficiente, com que o dinheiro chegue melhor na ponta? Como aumentar as parcerias com os municípios e com os estados?”, questionou.

“Em nenhum momento nós assistimos a presidente se reunir com especialistas, mesmo com críticos, até porque isso ela não gosta de fazer. Em nenhum momento passou-se sequer tenuemente o sentimento de que se buscava melhorar a gestão, melhorar o desempenho do governo. É uma reforma que anda para trás, que atende os interesses do partido e, provavelmente nos próximos dias, dos aliados”.

Gestão falha

Aécio completou dizendo que o desgoverno petista à frente do país fez com que perdêssemos avanços conquistados por gestões anteriores, como a estabilidade da moeda, a credibilidade e os pilares macroeconômicos, fundamentais para a garantia de investimentos.

“Hoje é triste ver a imagem que se tem em relação ao Brasil. Um país que não teve coragem para fazer as reformas, cuja maquiagem fiscal virou a face mais clara, mais visível, da condução da sua política macroeconômica, e que nos deixará uma herança maldita de crescimento pífio e inflação alta”, avaliou.

“Não adianta mais terceirizar responsabilidades. O governo da presidente da República falhou na condução da economia, falhou na gestão do país, especialmente no que diz respeito à infraestrutura, e não permitiu que os indicadores sociais melhorassem. Ao contrário, pioraram e muito”, concluiu.

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