Brasília – O deputado federal Luiz Carlos (PSDB-AP) avalia que as vaias à presidente Dilma Rousseff na Marcha dos Prefeitos são consequência da política mal feita do PT para os municípios.
Dilma foi duas vezes vaiada pelos prefeitos. Ontem, a presença da presidente da República era esperada, mas ela não apareceu, rompendo uma tradição na abertura do evento. As vaias foram ouvidas quando o nome de Dilma foi citado no sistema de som onde ocorria o lançamento da marcha.
Nesta quarta-feira (10), Dilma voltou a ser vaiada pelos prefeitos em Brasília, mas dessa vez estava presente. Os prefeitos criticaram a presidente pelo fato de a petista ter se recusado a falar sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“O PT implantou uma política de total concentração de recursos no governo federal e deixou os municípios com o pires na mão. Isso aconteceu porque, para eles, a prioridade maior é a manutenção do poder, mais do que a realização de uma boa gestão pública”, disse Luiz Carlos.
O deputado acrescentou que a falta de verbas é o fator determinante para a repetição de problemas no cotidiano das cidades, em áreas como saúde, educação, transporte, entre outras.
“Não falta vontade política. O que falta é verba. E um governo federal que pare de privilegiar seus aliados ou quem se submete ao jugo petista na hora de transferir recursos”, afirmou.
Segundo o parlamentar, a ausência de Dilma na abertura reflete ainda outro defeito da presidente: a pouca capacidade de negociação e articulação. “Temos uma presidente que não usa a principal arma da política – o diálogo”, concluiu.
Série de vaias
As críticas públicas à presidente Dilma Rousseff tornaram-se frequentes nas últimas semanas. Durante a cerimônia de abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho, em Brasília, a presidente foi vaiada pelos mais de 60 mil torcedores presentes – a situação fez com que a petista não comparecesse à decisão do torneio, realizada no Rio de Janeiro.
