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A inexpressiva representação do PMDB nesta gestão, por Alberto Goldman

14 de janeiro de 2015
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Foto: George Gianni

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Edinho Araújo é o ministro da Secretaria de Portos. É um antigo militante do MDB, foi prefeito de Santa Fé do Sul, deputado estadual e deputado federal e era muito respeitado. Saiu do partido mas voltou para ele e foi eleito prefeito de Santa São José do Rio Preto em dois períodos. No governo Serra no estado de São Paulo foi presidente da Codasp [Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo]. Agora, cooptado pelo vice presidente Michel Temer, e totalmente alheio às questões portuárias, será um instrumento das operações do vice presidente nos portos brasileiros, em particular, no porto de Santos.

Eliseu Padilha é o ministro da Secretaria de Aviação Civil. Foi deputado federal e Ministro dos Transportes no governo de Fernando Henrique Cardoso. Também instrumento das operações do vice, Michel Temer, passa a comandar uma área com a qual não tem qualquer afinidade.

Helder Barbalho é o ministro da Pesca e Aquicultura. É filho do senador Jader Barbalho, foi prefeito [de de Ananindeua] no Pará e foi derrotado nas últimas eleições para governador. Fora as relações familiares, não se tem conhecimento de suas qualidades nem de maiores afinidades com a área que vai comandar.

Eduardo Braga é o ministro de Minas e Energia. Foi governador do Amazonas, é senador e foi líder de Dilma no Senado. Comanda uma área estratégica [petróleo e energia em geral], sem nunca ter estado afinado com os seus problemas. Um risco enorme para o país.

Kátia Abreu é o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foi deputada federal do PFL e é senadora, além de presidente da CNA [Confederação Nacional da Agricultura]. Tornou-se amiga de Dilma apesar das suas convicções conservadoras e representa uma parcela dos produtores do campo que se aliou à ela nesse último processo eleitoral.

Vinicius Nobre Lages é o ministro do Turismo. O pouco que se sabe é que é engenheiro agrônomo e indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros. O PMDB já foi o maior e mais importante partido brasileiro. Hoje se reduz a ser o campo de atuação de alguns líderes que comandam as máquinas partidárias nacional e estaduais em benefício próprio. Para o que já foi, celeiro de grandes lideranças políticas, um triste fim para um partido outrora glorioso.

*Artigo publicado no Blog do Goldman
**Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional

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