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Apesar de saber de problemas na refinaria, Petrobras negociou compra de Pasadena

25 de abril de 2014
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Passadena-Foto-Petrobras-Image-Richard-Carson--300x169Brasília (DF) – A refinaria de Pasadena, que custou para a Petrobras mais de US$ 1,2 bilhão, apresentava em 2008 problemas de segurança, que causaram acidentes e prejuízos de quase US$ 100 milhões. Parte dos problemas já eram conhecidos pela empresa brasileira em 2005, quando as negociações para a aquisição da refinaria tiveram início.

As informações estão publicadas no jornal O Globo nesta sexta-feira (25), que obteve um documento exclusivo contendo os dados. Antes da compra da refinaria, entre os dias 29 e 31 de março de 2005, uma equipe de oito técnicos da Petrobras visitou as instalações de Pasadena para conhecer o ativo que fora oferecido pela Astra como sociedade.

A equipe técnica viu uma série de deficiências nas instalações, como “vários equipamentos com corrosão externa, pintura deficiente, presença de detritos e material de sucata deixado sobre o piso, pouca sinalização de segurança e identificação de equipamentos”. Por outro lado, foram vistos poucos vazamentos de vapor e hidrocarbonetos na área industrial.

Uma apresentação feita em setembro de 2008 aos diretores da Petrobras dizia: “Vários incidentes aconteceram nos últimos meses, provocando paradas de emergência, acidentes pessoais e prejuízos”. Os diretores da Petrobras mostravam- se preocupados com a situação porque, para eles, se os problemas viessem à tona poderiam provocar a “exposição da imagem da Petrobras em caso de inspeção da Osha (Occupational Safety and Health Administration) ou de acidente com repercussão externa”.

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