
EBC/Agência Brasil
Preso desde 17 de março, o doleiro fez uma longa bateria de depoimentos à força-tarefa do Ministério Público Federal entre setembro e outubro. Os relatos de Youssef apontam envolvimento de políticos no esquema de corrupção e propinas que se instalou na Petrobrás a partir da ação de um cartel de empreiteiras, segundo a Polícia Federal.
Em um de seus depoimentos, prestado em 3 de outubro, ele afirmou que “tinham conhecimento” do esquema “a presidência da Petrobras” e o “Palácio do Planalto” – aqui, apontou cinco nomes.
O contrato de delação do doleiro que liderou o esquema de lavagem de cerca de R$ 10 bilhões e desvios de valores envolvendo fundos de pensão e obras públicas foi anexado pelo juiz Sérgio Moro aos autos da Lava Jato a pedido de sua defesa.
O conteúdo das revelações não faz parte desse documento porque a competência para investigar parlamentares é exclusiva do Supremo. Outra delação, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, também está sob a tutela da Corte máxima porque cita deputados e senadores como beneficiários de dinheiro ilícito de malfeitos na estatal petrolífera.