Maria é um nome comum no país, um nome que Milton Nascimento eternizou em sua música “Maria Maria” que mostra toda a força, a garra da mulher brasileira. “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre”, diz a letra da música-símbolo das Marias do nosso imenso território.
Mas nesta semana conhecemos mais de perto uma outra Maria, de outra nação e de boa estirpe, guerreira como nossas Maria, a venezuelana Maria Corina Machado, deputada cassada pela governo do ditador Nicolás Maduro.
Com firmeza, porém sem jamais perder a ternura, a elegante Maria Corina deixou alguns ensinamentos em sua rápida passagem por Brasília, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, sempre acompanhada de parlamentares da oposição brasileira.
Maria Corina teve seu mandato arbitrariamente cassado pelo próprio presidente da Câmara de Deputados venezuelano, em um rito sumário e autoritário, bem típico de um regime que vive sob o manto da ditadura institucionalizada. A “Justiça” chavista manteve a condenação!

Foto: George Gianni
A Maria venezuelana, com outra frase lapidar, denunciou a grave omissão e o silêncio do atual governo brasileiro sobre a repressão nas ruas, o fim da liberdade de expressão e de imprensa promovidos por Maduro: “A indiferença seria cumplicidade”. Parabéns, Corina, a Maria da Venezuela que não tem medo de falar, que encara a ditadura com a mesma força, garra e gana da mulher brasileira.
A Presidente do Brasil poderia aproveitar a oportunidade da viagem e repudiar essas práticas autoritárias do governo venezuelano.
Fala, Dilma!
*Solange Jurema é presidente nacional do PSDB-Mulher