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De acordo com a reportagem do Estado de S.Paulo desta terça-feira (10), a prerrogativa de se aposentar por essas regras foi adotada na gestão de Bendine à frente do BB. Para o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), a notícia deve ser “severamente” investigada e explicações devem ser dadas. “Antes mesmo de começar a trabalhar, o novo presidente traz uma péssima capa de apresentação. Essa informação coloca em dúvida sua credibilidade e até a idoneidade. Se ele tiver se beneficiado da condição de presidente do BB para garantir a si mesmo uma aposentadoria que não é permitida aos demais servidores, significa tráfico de influência, e isso é crime”, constatou.
O tucano afirmou também que Bendine tem muita proximidade política com o PT e com o governo. “Ele foi escolhido muito mais por esse motivo do que pelo seu histórico curricular na área. É preocupante porque a primeira pessoa que deveria estar acima de qualquer suspeita deveria ser o presidente da Petrobras”, criticou.
O vice-presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) afirmou que “eles não poderiam fazer a contribuição sobre seus honorários brutos porque contêm o empilhamento de verbas de benefícios que o plano não admite”.
Ainda segundo a reportagem, a origem do problema começou quando o BB, para cumprir exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),decidiu que os executivos passariam a receber honorários em vez de salários. Para calculá-los, o banco somou tudo que qualquer funcionário recebe durante o ano (salários, comissões, 13.º, férias, abonos, licença-prêmio, auxílio-alimentação, etc.) e dividiu por 12.