
De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Elio Gaspari na Folha de S.Paulo, o BNDES ressuscitou em 2007 a política de “campeãs nacionais”, investindo nesse lance R$ 20 bilhões em empresas “companheiras”.
Só no grupo OGX, que beira a falência, o governo federal aplicou R$ 10,4 bilhões.
O jornalista informa também que, até 2010, o BNDES detinha 49% das ações da Oi, criada a partir da fusão da Telemar com a Brasil Telecom. A empresa acabou se fundindo com a Portugal Telecom e nova companhia nasceu com uma dívida de R$ 45,6 bilhões.
Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), os números são mais uma mostra da incapacidade gerencial do governo petista.
“O BNDES deveria retirar o S do nome, porque deixou de ser social há muito tempo”, critica.
“É a consagração da incompetência do atual governo e sem dúvida define com muita facilidade o que é o desvio de finalidade da aplicação do dinheiro do contribuinte.”
Alvaro Dias ressalta que o dinheiro investido pelo governo federal em empresas fracassadas é bancado pelos trabalhadores, por meio do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O tucano afirma ainda que o caso deveria ser investigado pelo Congresso em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): “O BNDES é um prato cheio para uma CPI, mas infelizmente o Congresso não cumpre mais seu papel de fiscalizador do poder público.”
Para ele, o fracasso do BNDES nessa política tem impacto negativo no crescimento do país.
E conclui: “Uma política escandalosa. O governo não avalia o custo benefício do investimento. Esgota-se a capacidade financeira de alavancar o desenvolvimento da indústria brasileira, que tem sido preponderante para a queda do PIB nacional.”