Brasília – Após meses de contradições e fatos suspeitos, a CPI Mista da Petrobras terá, enfim, a chance de esclarecer a verdade sobre denúncias que envolvem os ex-diretores Nestor Cerveró (Internacional) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento). Costa foi preso na operação Lava Jato.
Em reunião ocorrida na tarde desta terça-feira (17), a CPMI aprovou a realização de acareação futura entre Cerveró e Costa. O requerimento teve votação priorizada no encontro e, durante o processo, integrantes do governo argumentaram que o ex-diretor da área de Abastecimento novamente não falaria em depoimento e que impedir sua vinda seria uma forma de “economizar” recursos públicos.
A ideia do requerimento veio do deputado Enio Bacci (PDT-RS). Durante o depoimento que Cerveró prestou à CPMI em setembro, Bacci perguntou se o ex-diretor concordava em ser confrontado diretamente. Cerveró afirmou que, por não ter “nada a esconder”, aceitava a acareação.
O parlamentar levantou a hipótese por causa da reportagem da revista Veja, que trouxe informações sobre a delação de Paulo Roberto. De acordo com a publicação, o ex-diretor preso teria dito que o negócio de Pasadena, assim como outros, serviam para abastecer propinas para políticos e partidos. Cerveró negou o fato.
Bacci chegou a dizer que teria informações extraoficiais de que um dos nomes de uma futura listagem de beneficiados no esquema da Petrobras seria o de Cerveró. E, por isso, pediu a acareação
* Da Liderança do PSDB no Senado