
Foto: divulgação – Petrobras
Milhões de euros bloqueados
O nome da operação da PF é uma alusão à frase que Duque teria dito a seu advogado em novembro passado, quando foi preso pela primeira vez. De acordo com as investigações do Ministério Público, o ex-diretor de Serviços teve envolvimento direto com o esquema de corrupção que atinge em cheio a maior estatal do país e abala o governo petista. “Nas palavras do próprio Ministério Público, trata-se da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais”, destaca trecho de requerimento assinado por deputados do PSDB à CPI pedindo a convocação de Duque para depor.
Indicado pelo mensaleiro José Dirceu, ele estaria movimentando grandes somas de dinheiro em suas contas bancárias no exterior. A nova prisão preventiva foi decretada para evitar novos crimes de lavagem em relação ao dinheiro secreto ainda não bloqueado. Vinte milhões de euros estão retidos apenas no principado de Mônaco.
Duque é suspeito de receber propina milionária de contratos superfaturados da Petrobras. De acordo com pelo menos quatro delatores, ele cobrava até 3% de comissão no valor dos contratos. Parte do dinheiro teria sido destinado para o PT. “Conforme o Ministério Público teriam sido captados, na gestão de Duque, cerca de R$ 650 milhões em propinas entre 2004 e 2012, nos governo de Lula e Dilma. Segundo Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, ele solicitou a SBM Offshore 300 mil dólares para a campanha de Dilma em 2010″, destacou o deputado Antonio Imbassahy (BA), 1º vice-presidente da CPI.
Os presos pela PF são investigados pela prática dos seguintes crimes: associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro. Eles serão trazidos para Curitiba (PR) e permanecerão custodiados na Superintendência da Polícia Federal a disposição da Justiça Federal de Curitiba.
(Da redação do PSDB na Câmara, com informações da Polícia Federal/Foto: divulgação – Petrobras)