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Continuidade de esquema na Petrobras reforça mobilização por nova CPMI

19 de janeiro de 2015
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petrobras1-13A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de que o esquema criminoso montado na Petrobras continua a vigorar, mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato, estarreceu os tucanos com o desembaraço dos aliados do PT diante da Justiça e reforçou a mobilização por uma nova CPI mista para apurar as irregularidades na estatal.

Segundo o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), a quadrilha que se instalou na Petrobras nos governos de Lula e Dilma não se intimidou nem com a operação Lava Jato. “Querem sugar a empresa até o caroço. Enquanto isso, a presidente Dilma mantém a diretoria da companhia como se nada tivesse acontecido ou acontecendo lá”, acrescentou o parlamentar em sua página no Facebook.

Para o deputado Silvio Torres (SP), a revelação dos procuradores desmorona o discurso moralizador da presidente Dilma Rousseff e, assim, enfraquece o movimento do Palácio do Planalto contra a instalação de uma nova CPI Mista. “Ainda há muita coisa a ser investigada tanto na Petrobras como em outros órgãos do governo que já foram alvo de suspeitas. Uma nova CPI é mais do que necessária”, disse o parlamentar.

Propinoduto em operação

O alerta do MPF sobre a continuidade de atos ilícitos na Petrobras está no pedido de prisão do ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró acatado pela Justiça Federal. O executivo foi detido na madrugada de quarta-feira (14) pela Polícia Federal assim que desembarcou de Londres no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.

De acordo com os procuradores, “não há indicativos de que o esquema criminoso foi estancado”. “Pelo contrário, há notícias de pagamentos de propinas efetuados por empresas para diretores da Petrobras mesmo em 2014.”

O MPF afirma, no documento, que o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa recebeu propina em 2014, “pois as empresas pagam ao longo da execução dos contratos e não raro atrasam pagamentos”. “Com base nisso, é razoável inferir, num juízo de probabilidade, que Cerveró também recebeu pagamentos e acumula saldos a liquidar.”

A respeito do ex-diretor da área Internacional, os procuradores declaram ainda que ele continuava a praticar crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Cerveró foi o terceiro ex-integrante da cúpula da Petrobras a ser preso pela Operação Lava Jato. O primeiro, Paulo Roberto Costa, cumpre prisão domiciliar após firmar acordo de delação premiada. Renato Duque, titular da Diretoria de Serviços entre 2003 e 2012, chegou a ficar na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) entre novembro e dezembro, mas acabou sendo liberado por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Do Portal do PSDB na Câmara, com informações dos jornais “O Globo” e “O Estado de S.Paulo”

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