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CPMI da Petrobras: PSDB sugere mapa de investigação

29 de maio de 2014
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mapacpmi-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, sugeriu, nesta quarta-feira (28), um roteiro sucinto para nortear os trabalhos da CPI Mista da Petrobras em razão do pouco tempo para investigar denúncias contra a estatal devido à proximidade do recesso parlamentar. A comissão foi instalada após 45 dias da leitura de requerimento no Congresso Nacional.

Para o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), mesmo com o Palácio do Planalto jogando pesado para impedir, a CPI Mista foi instalada. “São 32 membros, oito da oposição, mas esse número não desanima: quem poderia imaginar que conseguiríamos iniciar os trabalhos da comissão mesmo tendo a base do governo cerca de 400 dos 513 deputados, contra? É que essa CPI mista não é da oposição, mas uma demanda da sociedade. E é crucial que os brasileiros acompanhem atentamente o trabalho dos aliados da presidente Dilma. O que queremos com as investigações é tirar a Petrobras, símbolo da capacidade técnica do Brasil, da situação constrangedora em que foi colocada pelos governos do PT, de Lula e Dilma”, destacou.

Aécio Neves participou da reunião como líder da legenda na ausência dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP), que está em viagem oficial a Taiwan, e Cássio Cunha Lima (PB), primeiro vice-líder. O plano apresentado pelo senador tucano inclui três convocações para que prestem esclarecimentos o ex-diretor Paulo Roberto da Costa (Abastecimento), o ex-diretor Nestor Cerveró (Internacional), autor do parecer tecnicamente falho que levou à compra de Pasadena, em 2006, e o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato, em março passado.

O PSDB também pediu a quebra de sigilo dos três que serão convocados – Paulo Roberto, Cerveró e Yousseff -, além do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (BA), que comandava a petrolífera quando Pasadena foi comprada, e das empresas Labogen Indústria, Labogen Química, Piroquímica Comercial e MO Consultoria, usadas pelo doleiro para remessas ilegais e lavagem de dinheiro.

O último item do mapa do PSDB contém pedido dos autos do processo da Operação Lava Jato e criação de quatro subcomissões, com quatro sub-relatorias, para apurar a compra de refinaria americana, a construção de refinarias, plataformas incompletas e a holandesa SBM Offshore, que aluga navios-plataforma, acusada de pagar propina a funcionários da Petrobras.

Mapa

Para Alvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB no Senado, o documento é o “mapa da mina, o caminho das pedras, para mostrar a compilação das denúncias. Certamente aqui encontraremos os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história desse país.” O PSDB protocolou 179 requerimentos: 60 são de quebra de sigilo; 48 são de convocações; 65 são cópias de documentos diversos; três são pedidos de depoimentos; um é de convite e outro de criação de subcomissões.

Aécio Neves classificou de hercúleo o esforço para criação da CPMI. Questionado sobre uma ação do governo para impedir as investigações, respondeu:
“Eu acho que podem [base aliada] até barrar (os requerimentos). Talvez tenham maioria para isso, mas não terão como andar nas ruas, não terão como se posicionar nessas próximas eleições. Quem quer essas investigações é a sociedade brasileira”, disse o senador.

Nessa sessão, foram eleitos o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para a presidência da CPMI, senador Gim Argello (PTB-DF) para a vice e o deputado federal Marco Maia (PT-RS) como relator dos trabalhos. Pelo PSDB, participam como titulares Alvaro Dias (PR) e Mario Couto (PA), e Ruben Figueiró (MS) como suplente.

Do Portal do PSDB no Senado

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