
Foto: Alexssandro Loyola
Para Jutahy Magalhães Jr. (BA), a exposição do ex-governador de São Paulo foi “uma demonstração de grandeza, espírito público e desejo de servir ao Brasil”. “Vendo a crise e olhando como o Brasil pode sair dela. Isso sempre foi a tônica da vida do Serra: ser alguém que tem o Brasil acima de tudo”, completou o deputado.
Segundo o deputado Vanderlei Macris (SP), o governo e o PT sequer têm condições de responder ao pronunciamento do senador tucano. “São argumentos incontestáveis da situação econômica que o país vive”, disse o parlamentar. “Ele fez um grande diagnóstico e promoveu um debate de alto nível”, completou ao elogiar a qualidade e o preparo dos quadros do partido.
De acordo com Samuel Moreira (SP), a qualificada análise do senador colaborou para a bancada tucana no Congresso melhorar e aprofundar a avaliação sobre os desmandos da gestão petista. “Pelo que estamos entendendo, as medidas de arrocho vêm sem nenhuma proposta de médio e longo prazo para alcançar os objetivos principais do país, que são o crescimento e a redução da taxa de juros”, observou.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também elogiou o discurso do correligionário. “Vossa Excelência traz hoje à verdade um diagnóstico competente, de um dos homens públicos mais preparados deste país. Todos nós queremos que o Brasil avance. Mas só avançará se o diagnóstico for feito de forma correta, para que a partir daí as medidas corretas sejam tomadas”, afirmou.
Façanhas
Durante pronunciamento de aproximadamente 50 minutos, sem contar os apartes de 14 senadores, Serra afirmou não se lembrar de uma crise econômica tão acentuada e difícil quanto esta na economia brasileira. “Incluam aí os anos do João Goulart, os anos do Collor, quando aquele governo recebeu a herança de 90% ao mês de inflação, fez o Plano Collor, etc. A meu ver, a situação hoje é mais difícil.”
O tucano destacou a série de equívocos cometidos, inclusive, no governo de Lula. “Cometeu a façanha de fazer uma política de juros em elevação, apesar da abundância de dinheiro externo. Em geral, o governo procura subir juros quando tem escassez de divisas e precisa atrair dinheiro. Então, precisa criar um diferencial entre a taxa doméstica de juros e a taxa internacional. Mas, naquela época, nós estávamos nadando em divisas, não era necessário subir os juros”, emendou.
A consequência disso, afirmou Serra, foi a desintegração da indústria brasileira. “O Brasil se desindustrializou sob o ímpeto dessa política, paradoxalmente, comandada, não digo nem que conscientemente, por um ex-operário industrial, que comandou a desindustrialização brasileira”, criticou.
Do PSDB na Câmara