Brasília – A presidente Dilma Rousseff deve vetar a derrubada do fator previdenciário, aprovada pelo Congresso Nacional, que permitiria ainda a implantação da “fórmula 85/95”, viabilizando a aposentadoria integral dos trabalhadores mediante a somatória do tempo de contribuição e idade. Para mulheres, o resultado exigido seria 85, e para os homens de 95.
O possível veto da presidente foi sinalizado pelo ministro da Previdência, Carlos Gabas, e contradiz justamente o que Dilma apresentou como alternativa ao fator previdenciário durante na reta final de sua campanha a reeleição em 2014. No último debate antes da realização do segundo turno, a petista disse: “É muito importante abrir a discussão com as centrais sindicais. Nós sistematicamente abrimos. quase chegamos a um acordo do 85 para mulher, 95 para os homens. eu acredito que esse acordo é possível. Um acordo que resolva a questão”. Clique AQUI para ver a fala de Dilma sobre o tema.
“Dá para confiar na palavra da presidente?”, questionou, em seu perfil no Facebook, o líder da Oposição na Câmara, deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE).
Histórico
Não é a primeira postura ambígua do PT em relação ao tema. Os petistas, em encontros do partido e nas tribunas do Congresso, se declaram favoráveis ao fim do fator, mas em 2010 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o fim do fator, que havia sido aprovado pelo Congresso.