Brasília (DF) – A presidente Dilma Rousseff mudou o discurso em relação à refinaria de Pasadena. Diante das críticas negativas à primeira nota enviada sobre o episódio, a petista afirmou ontem (20), por meio de sua assessoria de imprensa, que aprovou a compra da unidade pela Petrobras porque, “na época, parecia um negócio vantajoso”.
Na quarta-feira (19), a Presidência da República afirmou que Dilma se baseou em um parecer “falho” quando votou a favor da compra de 50% da refinaria texana pela Petrobras. As informações são de reportagem desta sexta-feira (21) do jornal Folha de S. Paulo.
Para o líder da Minoria na Câmara, deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), o governo federal é “dissimulado” e “mentiroso”. “Eles não têm o menor constrangimento de mentir e não tratam com o devido respeito um dos nossos maiores patrimônios – a Petrobras”, apontou o deputado.
Ele comparou também as mudanças de discurso de Dilma com episódios semelhantes ocorridos fora do Brasil. “Já vimos, em outros países, presidentes caírem por mentir, por faltar com a verdade com os cidadãos. Deveríamos nos espelhar nesses lugares onde a democracia e valores éticos e morais eram e ainda são fundamentais”, reiterou Sávio.
CPI
O líder destacou ainda que protocolou uma proposta de Projeto de Resolução na Câmara e está colhendo assinaturas e apoio para colocar a CPI da Petrobras em regime de urgência.
“O governo tem a prática de trabalhar para deixar tudo na gaveta. Isso se agrava nesse caso de Pasadena, que envolve bilhões de dólares. Nós, do PSDB, vamos investigar o que Dilma tenta encobrir de todas as formas”, disse ele.
Segundo o tucano, vai ficar evidente que o governo “concorda com o mal feito e compactua com gastos inadmissíveis”. “Vamos ver se o PT tem coragem de abrir essa caixa preta da Petrobras. É um crime de lesa-pátria, e será feito tudo que estiver ao nosso alcance para que haja transparência e que todos os brasileiros tenham acesso aos verdadeiros fatos”, ressaltou o líder.