Brasília – Após quase 15 anos de atrasos, a presidente Dilma Rousseff e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), inauguraram nesta quarta-feira (11) o metrô de Salvador (BA). A obra foi entregue à população com uma capacidade menor do que a prevista inicialmente – apenas um trecho de cinco quilômetros foi disponibilizado.
O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), criticou o oportunismo da presidente em promover a inauguração da obra às vésperas da campanha eleitoral. O tucano acrescentou que viu “constrangimento” no ato de Dilma anunciar como pronta uma obra ainda insuficiente para as necessidades da capital baiana. “Acredito que não havia razões para que Dilma, em mais um gesto de oportunismo e de campanha eleitoral, se submeta a esse constrangimento”, afirmou.
Alterações
Imbassahy lembrou que o projeto do metrô de Salvador, quando idealizado, tinha abrangência de 12 quilômetros e capacidade esperada para transportar 250 mil pessoas por dia. Mas, em 2005, por decisão do governo federal, o projeto foi reduzido à metade, com apenas seis quilômetros de extensão. “O governo mutilou o projeto e comprometeu o seu custo-benefício”, disse.
O tucano contestou as declarações do deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA) que, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que o projeto original do metrô “era ruim” e que as intervenções do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram necessárias para “acertar” o projeto. “São opiniões que não fazem sentido. A concepção original do projeto foi mantida”, ressaltou o líder do PSDB na Câmara.
