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Dilma repete “toma lá, da cá” na montagem do novo ministério, reprova líder da Oposição

6 de janeiro de 2015
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Foto: George Gianni

Foto: George Gianni

O fisiologismo que tem marcado os governos do PT será o mesmo durante o segundo mandato da presidente Dilma. Bem distante do tão explorado slogan de sua campanha à reeleição – governo novo, ideias novas – o loteamento de cargos do primeiro escalão em troca de apoio no Congresso é o mesmo de antes. Nada mudou e as velhas práticas continuam dando o tom da gestão petista. O líder da Oposição na Câmara, deputado Domingos Sávio (MG), afirmou nesta sexta-feira (26) que a prática representa um modelo ultrapassado de manutenção do poder.

“O problema deste governo vai além da escolha de nomes que, quase sempre, apenas servem a um modelo ultrapassado de loteamento do poder”, reprovou ao analisar a lista com os 13 nomes anunciados pel petista na semana.

Na relação da petista há figuras inexperientes, pessoas que não têm afinidade com o cargo que vão ocupar, processados pela Justiça e até quem já foi preso com malas de dinheiro – o caso do responsável por nada menos que a organização das Olimpíadas de 2016. George Hilton, novo ministro do Esporte, foi detido há sete anos em um aeroporto com cerca de R$ 600 mil que, segundo ele, seriam “de doações de fiéis para uma igreja”.

O que não falta na formação do ministério que a presidente inclusive tentou, de forma inusitada, passar pelo crivo do Ministério Público, é gratidão e troca de favores. Candidatos derrotados na disputa pelo governo de estados e que fizeram palanque para ela durante a disputa também tem seu espaço garantido. Derrotado pelo tucano Simão Jatene no Pará, Helder Barbalho é um deles. Apesar de seu mais alto cargo público ter sido o de prefeito de Ananindeua (PA) e de responder a processo por improbidade administrativa, o peemedebista vai comandar a Pesca. Não é de hoje que a pasta vem sendo usada como moeda em troca de apoio político.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acredita que a presidente se tornará refém de sua própria equipe. “O único ponto em comum entre os novos ministros é a pouca intimidade da maioria com as pastas pelas quais irão responder. A fragilidade da presidente a fez refém da sua base de apoio”, criticou ao jornal “O Globo”.

O real problema, para Domingos Sávio, é bem maior que a escolha dos nomes. “O que mais nos decepciona como brasileiros é que a presidente, com sua forma de governar, não quer enxergar o óbvio: o país está mergulhado em problemas graves. Enquanto isso mantém-se conivente com o erro e o crime”, reprovou o tucano, ao destacar que a manutenção da presidente da Petrobras, Graça Foster, e da diretoria da estatal é uma outra prova de que nada mudará no segundo mandato. As “novas ideias” do discurso oficial dão lugar a prática das “velhas práticas”.

“Não tenho esperança de mudanças, pois a condução do governo está viciada pelo PT e por uma presidente que diz não compactuar com o que é errado, mas se mostra incoerente”, lamentou o líder da Oposição. Segundo ele, até a própria presidente tem dúvidas quanto as escolhas que faz, como demonstrou ao querer consultar o MP sobre a “ficha” dos seus indicados. Ela não queria que algum de seus ministros fosse depois citado como participante do esquema de corrupção na Petrobras. A “consulta” foi negada e a presidente continua enrolada, afinal ainda há partidos querendo espaço e muita gente no meio deles enrolada com os desvios na estatal.

Do Portal do PSDB na Câmara

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