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Dirigente de estatal diz que sobrepreço é inevitável

15 de abril de 2014
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petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169-1 Brasília (DF) – A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta terça-feira (15) que é “inevitável” haver sobrepreço em obras da estatal em função de erros em projetos elaborados pela companhia, segundo a Agência Estado.

“Quando a gente vai para a rua com projetos que não estão acabados, o sobrepreço é inevitável”, afirmou ela referindo-se ao pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) para que a empresa retivesse R$ 76,5 milhões pagos por serviços no terraplanagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) paralisados por chuvas. Ela admitiu que o projeto tem “diversas deficiências”.

O TCU determinou que a estatal retivesse valor, classificado pelo tribunal como um pagamento “antieconômico”, após identificar que ele foi repassado para pagamento de horas de trabalho de operários e equipamentos paralisados por causa de chuvas. “Chuva é uma elemento tradicional comum nas grandes operações que se paga”, justificou Graça Foster.

O TCU confirmou erros no processo de licitação de parte da obra do Comperj, envolvendo um prejuízo R$ 162 milhões. O valor foi acertado com a MPE Montagens e Projetos Especiais para a construção da Turbovia, dutos para transportar petróleo e derivados. O tribunal constatou que a proposta apresentada pela MPE foi maior que a de outras duas empresas.

Mas o TCU manteve o resultado da licitação, alegando que o custo de um novo processo de licitação seria de R$ 115 milhões e poderia acarretar um prejuízo global de R$ 1,49 bilhão com a paralisação da obra. O tribunal investiga agora os responsáveis pelo erro.

Segundo Graça Foster, embora terraplanagem seja um tipo de obra que “qualquer prefeitura” possa fazer, a realizada no Comperj envolve melhor infraestrutura para suportar grande peso.

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