O presidente Michel Temer, em entrevista exclusiva publicada mo último domingo (11) pelo jornal O Globo, contestou o discurso de “golpe” difundido pelo PT e repetido largamente nos protestos de rua desde o início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para ele, “o golpe não pegou” por ser um movimento de caráter político e sem argumentos para a sua sustentação.
Apesar de condenar a violência dos últimos protestos, o presidente afirmou que vê o crescimento das manifestações com naturalidade. Ele reforçou que é preciso “respeitar o movimento popular que está nas ruas” e atribuiu a falta de apoio de grande parte da população aos atos à significação política por trás das mobilizações.
Sobre as investigações da Operação Lava Jato, o presidente disse que não interferirá nas investigações. Ele considerou a hipótese um “absurdo” e rechaçou a ideia de procurar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para exercer qualquer tipo de influência na condução da operação.
“Impossível, inadmissível imaginar que o presidente da República possa chamar alguém do Supremo e dizer “decidam assim ou assado”. Não existe isso no Brasil. Eu jamais faria isso. Sou muito consciente dos termos da Constituição. Não tem a menor possibilidade de interferência do Executivo, nem a favor, nem contra”, disse Temer ao jornal.
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