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Governistas perdem argumentos para defender nova CPI da Petrobras

6 de janeiro de 2015
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plataforma-petrobras3-300x156O envolvimento da Petrobras na criação de uma “empresa de papel” para construir e operar uma rede de gasodutos fragiliza ainda mais a mobilização dos governistas para evitar a nova CPI Mista da estatal. “Dificilmente, eles terão argumentos para tentar impedir as investigações como fizeram no ano passado, quando impossibilitaram a aprovação de requerimentos de convocação e quebras de sigilo”, observou o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), que integrou o colegiado do Congresso que apurou até o mês passado as denúncias de corrupção na companhia. “Acho que, agora, com as evidências, a coisa fica mais difícil para o governo”, acrescentou.

A edição de domingo (04/01) do jornal “O Globo” revelou, a partir de uma auditoria sigilosa realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que a Petrobras usou um escritório de contabilidade no Rio de Janeiro para constituir uma empresa responsável pela construção de gasodutos entre o Rio, Bahia e Espírito Santo, a Transportadora Gasene S.A.

Técnicos do órgão identificaram que um dos trechos do empreendimento teve os custos superfaturados em mais de 1.800%, além de outras irregularidades, como a dispensa ilegal de licitação, a inexistência de projeto básico e o pagamento sem prestação de serviço. Ele está localizado entre o Polo de Gás Cacimbas, no município de Linhares (ES), e Catu, na Bahia, e foi inaugurado em março de 2010 com festa pelo governo federal. Participaram da solenidade o presidente Lula, a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além do presidente e da diretora de Gás e Energia da estatal, Sérgio Gabrielli e Graça Foster.

Segundo Izalci, a denúncia demonstra que é inesgotável a sanha dos predadores do dinheiro público acomodados na gestão petista. “Está muito claro que eles utilizaram todos os artifícios para desviar dinheiro público, seja por meio de superfaturamento, sobrepreço, falta de licitação, criação de empresas fantasma, pagamento de nota fiscal sem prestação de serviço”, afirmou.

Ao jornal “O Globo”, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) disse que os dirigentes da petrolífera acabaram com a credibilidade dela e a levaram a uma situação vexaminosa.

Incoerências

No Facebook, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), destacou a desvalorização das ações da empresa. “Na oposição, o PT acusava o governo de agir para desvalorizar a Petrobras com o propósito de privatizá-la. Com Lula e Dilma presidentes, nossa maior estatal, que sempre foi a primeira no ranking da Bovespa, despencou”, afirmou o parlamentar, que lembrou, ainda, outra contradição dos petistas. “Na oposição, o PT demonizava os bancos, agora a presidente nomeia um banqueiro para Ministério da Fazenda.

*Da Liderança do PSDB na Câmara

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