Brasília (DF) – A tendência de queda da avaliação do governo Dilma Rousseff segue, com índices que se aproximam dos patamares apurados logo após as manifestações de junho de 2013, quando tanto a avaliação positiva quanto a negativa atingiram o patamar de 31%. A análise está publicada na edição desta sexta-feira (18) no jornal Estado de S.Paulo.
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (17) revela que a parcela dos brasileiros que considera a gestão ótima ou boa oscilou negativamente pela terceira vez no ano, passando de 36% em março para 34% em abril. Em dezembro, no pico da recuperação pós-protestos, a aprovação chegou a 43%. Em fevereiro era de 39%.
A avaliação negativa é a segunda pior da série histórica do governo Dilma: 30% o consideram como ruim ou péssimo; eram 27% em março e 31% em julho do ano passado. A conduta pessoal da presidente, avaliada pelos entrevistados na pesquisa, também teve queda. Ela é aprovada por 47% e desaprovada por 48%. Em março os índice eram de 51% e 43% respectivamente. A confiança em Dilma também caiu: hoje, 51% dizem não confiar nela, contra 44% que afirmam confiar. Em março, eram 47% e 48%.
A desaprovação do governo entre os que moram na periferia aumentou 11 pontos porcentuais, passando de 27% para 38% o índice dos que consideram o governo ruim ou péssimo. A avaliação positiva foi de 31% para 29%. Nas capitais e no interior tanto a avaliação positiva quanto a negativa oscilaram dentro da margem. Na divisão do eleitorado por escolaridade, a queda na aprovação do governo se concentrou na faixa com curso superior (de 26% para 20%). Entre os que estudaram até a 4.ª série, a variação foi de 48% para 49%.
No quesito renda, 51% das pessoas que ganham até um salário mínimo avaliam o governo como ótimo ou bom (eram 48% na pesquisa anterior), número que cai para 38% na faixa dos que ganham entre um e dois salários mínimos (eram 40%). Entre os que recebem acima de 10 salários mínimos, o índice foi de 23% para 24%. Nessa faixa, porém, a reprovação aumentou, chegando a 43% – eram 41% em março e 25% em dezembro.
Em termos geográficos, houve apenas oscilações dentro da margem de erro. No Nordeste, a aprovação do governo Dilma passou de 45% para 43%, no Norte e no Centro-Oeste foi de 39% para 40% e no Sudeste variou de 29% para 30%. No Sul, onde o número de entrevistas é menor e pode haver maiores oscilações, ela caiu de 39% para 25%.
