A previsão de um reajuste elevado na conta de luz em 2015 levou o governo a programar a renegociar as condições dos empréstimos tomados pelas distribuidoras no ano passado e que permitiram evitar maiores aumentos das tarifas no ano eleitoral, segundo a Folha de S.Paulo. Uma das alternativas analisadas é ampliar os prazos de pagamento dos empréstimos, de dois para quatro anos. Com isso, o governo conseguiria reduzir parte dos aumentos previstos para as tarifas neste ano.
Em 2014, preocupado com a inflação, o governo acertou dois empréstimos, num total de R$ 17,8 bilhões, com bancos públicos e privados para socorrer as distribuidoras. De acordo com a reportagem, com a decisão do governo de não mais socorrer o setor com recursos do Tesouro, as tarifas vão subir mais que o previsto. Para atenuar esse impacto, a saída seria aumentar o prazo de pagamento dos empréstimos. Os dois empréstimos tomados com bancos públicos e privados em 2014 possuem correções diferentes.
O primeiro (de R$ 11,2 bilhões) foi tomado em abril, a uma taxa de 1,9%, mais CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro). Em agosto, no momento do segundo empréstimo (de R$ 6,58 bilhões), os juros foram de 2,35% ao ano, mais correção pelo CDI. Se o prazo para o pagamento desses empréstimos for alterado, essas condições terão de ser renegociadas com os bancos, a um custo mais alto, que também será repassado para as tarifas de energia, diz a reportagem.