
Foto: Alexssandro Loyola
Em depoimento à CPI da Petrobras nesta terça-feira (10), o executivo afirmou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu recursos ilegais no esquema, mas disse desconhecer o destino final do dinheiro. “O rótulo era ‘PT’”, resumiu. Entre os possíveis destinos do dinheiro sujo, está a campanha presidencial petista em 2010.
Para o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que é vice-presidente da CPI e presidiu a sessão em alguns momentos, o depoimento de Barusco foi de grande importância, principalmente, por ter sido realizado em uma sessão aberta. Imbassahy foi o responsável pelo acordo com a defesa do depoente para que a oitiva pudesse ser pública.
“No meu entendimento, Pedro Barusco complicou ainda mais o PT, ao admitir o recebimento pessoal de propina entre 97/98, e ao reafirmar que, a partir de 2004, ou seja, no governo Lula, a propina passou a ser institucionalizada na Petrobras”, comentou.
Em resposta a um questionamento do deputado baiano, Barusco disse que o estabelecimento de propinas na empresa Sete Brasil foi, na verdade, uma continuidade do que aconteceu durante anos na Petrobras. A empresa foi constituída usando recursos de fundos de pensão e com participação da própria Petrobras. “Com certeza ainda tem muita podridão a vir a público”, disse Imbassahy.