O vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), vai solicitar, nesta semana, uma perícia nos equipamentos de gravação do Conselho de Administração da estatal, para apurar se houve de fato a destruição dos registros das reuniões do órgão, quando e por quê. O tucano quer saber também se há a possibilidade de recuperação desses arquivos. A perícia deverá ficar a cargo da Polícia Federal.
A CPI havia solicitado a apresentação de tais gravações no mês de março, quando foi surpreendida, essa semana, com a informação, divulgada pela própria estatal, de que o material, seguindo normas internas, foi apagado. “Não é crível que sejam apagadas gravações de reuniões importantes do Conselho de uma empresa como a Petrobras. Uma ação deliberada dessa nos leva a acreditar na possibilidade de eliminação de provas, o que constitui crime”, disse Imbassahy, lembrando que à época da solicitação dos referidos áudios não foi informado à Comissão sobre esse procedimento.
Segundo o deputado federal, serão apresentados requerimentos para que a CPI tenha acesso ainda ao regimento que prevê a destruição das gravações e também serão convocados os responsáveis por essa decisão. “Vão ter que nos explicar tudo”, afirmou.