Brasília (DF) – Os efeitos da alta da inflação são percebidos pelos brasileiros no bolso. No mês passado, houve a disparada dos preços dos alimentos e o índice ad inflação em março superou as previsões, que já eram pessimistas, e elevou o risco de estouro do teto fixado pelo governo neste ano eleitoral.
O IPCA, referência para as metas do Banco Central, ficou em 0,92%, maior taxa para março desde 2003, quando a economia ainda se recuperava do terremoto financeiro do ano anterior. As informações estão na edição desta quinta-feira (10) da Folha de S.Paulo.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a situação confirma que a gestão da presidente Dilma Rousseff “vai de mal a pior”. “É o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) empacado, elevação da inflação e aumento na conta de energia e cesta básica. É um reflexo no que se deixou de fazer no passado”, destacou.
Inflação disparada
Alimentos como tomate, batata, leite, carnes, frutas e hortaliças responderam por um terço do IPCA no último mês.
O índice mostrou uma variação de 6,15% em 12 meses, muito mais próxima do limite máximo de 6,5% ao ano tolerado pela legislação do que da meta de 4,5% teoricamente perseguida pelo Banco Central.
Os dados mostram que o teto já foi superado com boa folga em produtos e serviços que respondem pela maior parte do orçamento das famílias: comida, casa, saúde, educação e diversão.
O tucano ressaltou que não é possível controlar a inflação com o atual governo. “O Brasil não tem um futuro com o PT no comando. A esperança de mudança e reformas tributárias só é possível com a troca de gestão”, alegou.
