
Foto: PSDB na Câmara
A ligação entre o dinheiro da propina e as contas do PT foi explicitada por denúncia apresentada na segunda-feira (17) pelo Ministério Público Federal. Segundo os procuradores que avaliam o caso, uma “coincidência” foi detectada nas doações recebidas pelo PT – logo após uma empresa fechar contrato com a Petrobras, essa mesma companhia fazia repasses de dinheiro ao partido.
“A vinculação entre as doações políticas e os pagamentos feitos pela Petrobrás aos Consórcios Interpar e Intercom pode ser comprovada pela comparação entre as datas em que a Petrobrás pagou os consórcios e as datas, subsequentes, em que empresas controladas por Augusto Mendonça [sócio da Setal Engenharia] promoveram a transferência de propina disfarçada de doações oficiais para partido político”, diz o texto da denúncia do MPF. Parte dos pagamentos foi feito em 2010, ano em que Dilma foi eleita pela primeira vez para a Presidência da República.
Leitão destacou que o episódio reforça a postura da oposição, que questiona a idoneidade do PT. “A validade e a idoneidade do PT devem ser debatidas nesse momento. Quando uma empresa qualquer que negocia com o poder público comete desvios, se torna inidônea e sofre punições. Agora, com o PT recebendo dinheiro de propinas para financiar sua campanha, podemos pensar se não seria possível ir para o mesmo caminho”, ressaltou.