
Foto: Gustavo Lima/Câmara
O titular da pasta não convenceu ao tentar justificar a acusação de que haveria parlamentares “achacadores” no Parlamento. Ele alegou que a declaração foi dada dentro da sala do reitor da universidade e a gravação não foi autorizada. Para o líder da Oposição na Casa, Bruno Araújo (PE), o ministro não pode continuar no cargo. “Se a presidente Dilma tivesse a compreensão de sua posição como chefe de poder, jamais aceitaria que um auxiliar fizesse qualquer referência como essa”, ressaltou.
O tucano acredita que não é possível separar a pessoa de sua função, ou seja, o ministro deve arcar com as consequências da desastrosa fala. Araújo destacou o papel fundamental do Congresso para o país. “Estamos falando de um ambiente que consolidou a Constituição, garantiu os momentos mais importantes da democracia brasileira”, frisou.
“Afirmar que os achacadores são aliados do governo era previsível. O ministro da educação perdeu a sua maior oportunidade como homem público”, destacou o deputado João Gualberto (PSDB-BA).
O ministro irritou a base aliada ao Planalto ao cobrar que os parlamentares “larguem o osso” se não quiserem apoiar o governo. “Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo”, afirmou.
Desmoralizar o Parlamento é estratégia de governante no fundo do poço, afirmou o deputado Nilson Leitão (MT). Segundo ele, Cid Gomes usou a mesma técnica da presidente Dilma e traduziu o sentimento dela em relação à base aliada e aos brasileiros. “É assim que ela trata todos. O senhor é a personificação de Dilma em sua opinião”, completou.
Leitão convidou o ministro a citar os nomes dos parlamentares chamados por ele de “achacadores”. “O Brasil não suporta tantas mentiras. Está na hora de dar nomes: quem são aqueles que achacam o governo?”, questionou. Enquanto o responsável pela Educação ataca o Congresso, destacou o tucano, o Brasil segue perdendo para inúmeros países quando o assunto é ensino.
Do PSDB na Câmara