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Ministro da Educação abandona plenário e deixa o cargo após embate na Câmara

19 de março de 2015
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Foto: Gustavo Lima/Câmara

Foto: Gustavo Lima/Câmara

Deputados do PSDB criticaram a tentativa de desmoralização do Congresso Nacional pelo ministro da Educação, Cid Gomes, que deixou o cargo nesta quarta-feira (18). Ele foi chamado à Câmara para explicar a declaração dada na Universidade Federal do Pará de que haveria “uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior [o governo], melhor para eles”. No meio da sessão, ele abandonou a tribuna.

O titular da pasta não convenceu ao tentar justificar a acusação de que haveria parlamentares “achacadores” no Parlamento. Ele alegou que a declaração foi dada dentro da sala do reitor da universidade e a gravação não foi autorizada. Para o líder da Oposição na Casa, Bruno Araújo (PE), o ministro não pode continuar no cargo. “Se a presidente Dilma tivesse a compreensão de sua posição como chefe de poder, jamais aceitaria que um auxiliar fizesse qualquer referência como essa”, ressaltou.

O tucano acredita que não é possível separar a pessoa de sua função, ou seja, o ministro deve arcar com as consequências da desastrosa fala. Araújo destacou o papel fundamental do Congresso para o país. “Estamos falando de um ambiente que consolidou a Constituição, garantiu os momentos mais importantes da democracia brasileira”, frisou.

“Afirmar que os achacadores são aliados do governo era previsível. O ministro da educação perdeu a sua maior oportunidade como homem público”, destacou o deputado João Gualberto (PSDB-BA).

O ministro irritou a base aliada ao Planalto ao cobrar que os parlamentares “larguem o osso” se não quiserem apoiar o governo. “Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo”, afirmou.

Desmoralizar o Parlamento é estratégia de governante no fundo do poço, afirmou o deputado Nilson Leitão (MT). Segundo ele, Cid Gomes usou a mesma técnica da presidente Dilma e traduziu o sentimento dela em relação à base aliada e aos brasileiros. “É assim que ela trata todos. O senhor é a personificação de Dilma em sua opinião”, completou.

Leitão convidou o ministro a citar os nomes dos parlamentares chamados por ele de “achacadores”. “O Brasil não suporta tantas mentiras. Está na hora de dar nomes: quem são aqueles que achacam o governo?”, questionou. Enquanto o responsável pela Educação ataca o Congresso, destacou o tucano, o Brasil segue perdendo para inúmeros países quando o assunto é ensino.

Do PSDB na Câmara

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