
Foto: Alexssandro Loyola
De acordo com os deputados Izalci (DF) e Antonio Imbassahy (BA), o ministro terá a oportunidade de dizer por que os chefes de dois poderes da República escolheram outro país para fazerem uma reunião que não constava da agenda de nenhum deles e ainda com a participação do titular da Justiça. “O Planalto tentou manter sigilo, mas a reunião foi descoberta”, destacou Imbassahy, ao lembrar, em seu Facebook, que Cardozo afirmou à imprensa que o encontro foi casual e o assunto tratado foi aumento dos salários do Judiciário. “Não acreditamos em coincidência”, afirmou Izalci nesta segunda-feira (13). Para ele, a Operação Lava Jato e o risco de cassação do mandato da presidente da República podem ter sido a pauta da reunião. “Ela tinha essa escala em Portugal, dizem que aproveitaram para ver a questão do aumento do Judiciário, mas com essas pendências todas no TSE e no Supremo, com certeza trataram deste assunto. É o que queremos saber”, avisou o tucano.
Há alguns dias o governo tem alertado que recorrerá ao Supremo caso o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeite as contas do governo Dilma referentes ao exercício de 2014. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa a prestação de contas da campanha da petista. Uma ação movida pela oposição pode ainda levar a cassação da diplomação da presidente por abuso de poder e outros crimes eleitorais. “Por isso precisamos aproveitar para questionar o ministro da Justiça sobre essa reunião em Portugal”, reiterou Izalci.
Agenda
O deputado destaca que Cardozo terá ainda que prestar esclarecimento sobre o grampo encontrado na cela do doleiro Alberto Youssef na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. O tucano destaca que a agenda da CPI possui outras importantes oitivas marcadas para esta semana. Nesta terça-feira (14), a partir das 9h30, a comissão colherá os depoimentos de Stael Fernanda Janene, viúva do ex-deputado José Janene; Shinji Tsuchiya, presidente da Mitsui & Co. e J. W. Kim, presidente da Samsung. Na quinta-feira serão ouvidos Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, e Waldir Moyses Simão, ministro da Controladoria Geral da União.
Do PSDB na Câmara