Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13) a nova fase da Operação Acrônimo, que investiga esquema de corrupção envolvendo a liberação de empréstimos do BNDES e outros atos em troca de pagamento de propina para o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Quatro mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva estão sendo cumpridos em São Paulo, Paraná e no Distrito Federal. Um dos alvos é Felipe do Amaral, sobrinho de Pimentel.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado como suposto operador do petista, afirmou em acordo de delação premiada que o governador repassou R$ 800 mil ao sobrinho para investir em um restaurante do qual ambos eram sócios, no interior de São Paulo. Segundo o delator, o dinheiro era fruto de propina do esquema de corrupção investigado na Acrônimo.
O segundo mandado de condução coercitiva foi contra o empresário Sebastião Dutra, da empresa Color Print. Ele é suspeito de emitir notas fiscais falsas para uma empresa que fez obras no restaurante e para a campanha do governador petista.
Em junho, a revista Época revelou que o aporte no restaurante veio de uma propina de R$ 20 milhões paga pela montadora Caoa em troca de isenção fiscal dada por Pimentel enquanto ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Pimentel já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e lavagem e ocultação de bens e valores por ter supostamente solicitado e recebido vantagens indevidas, no final de 2013, para gerar benefício tributário à empresa Caoa.
*Do Portal PSDB Nacional