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Novo presidente da Petrobras foi acusado de favorecimentos e teve problemas com o Imposto de Renda

6 de fevereiro de 2015
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Foto: Agência Brasil

Foto: Agência Brasil

Brasília – Confirmado nesta sexta-feira (6) pelo Conselho de Administração da Petrobras como novo presidente da estatal, Aldemir Bendine tem em seu currículo uma passagem de quase seis anos pela presidência do Banco do Brasil, instituição na qual é funcionário de carreira, e também uma série de episódios controversos. O mais recente foi descoberto pela imprensa em outubro do ano passado.

Para o deputado federal Jutahy Magalhães Jr (PSDB-BA), a mesmice continua, o que era ruim continua ruim. “Com a nomeação de Aldemir Bendine, fica claro que o objetivo é não mexer com o passado corrupto da Petrobras. E isso a inviabiliza de gerar uma nova empresa futura”, criticou.

Bendine autorizou um empréstimo de R$ 2,7 milhões à empresa da socialite Val Marchiori, conhecida no Brasil após ter participado do programa de TV “Mulheres Ricas”. O crédito foi entregue a Marchiori por meio de uma linha de crédito no BNDES, em uma operação que contrariava as regras do próprio BNDES e também do Banco do Brasil. O Ministério Público Federal pediu, nesta sexta-feira (6), uma abertura de inquérito sobre o caso. A repercussão do empréstimo quase custou o cargo de Bendine no Banco do Brasil, mas ele foi mantido no posto pela presidente Dilma Rousseff.

Também em 2014, veio a público a acusação feita pelo motorista Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como Ferreirinha, que trabalhou para o PT e para Bendine. Ele disse ao Ministério Público que, por mais de uma ocasião, transportou dinheiro vivo para o então presidente do BB. Outro episódio relatado pelo motorista é que ele chegou a levar Bendine a um apartamento em que o atual comandante da Petrobras teria chegado de mãos vazias e saído com sacolas de dinheiro.

Outra ocasião que relaciona Bendine e grandes quantidades de dinheiro vivo foi descoberta pela Folha de S.Paulo em 2010. O jornal informou que Bendine comprou uma casa, no valor de R$ 150 mil, no interior de São Paulo, e a pagou em cédulas. Um imóvel similar no mesmo prédio estava orçado em mais de R$ 300 mil.

O novo presidente da Petrobras também já enfrentou problemas com o imposto de renda – a Receita Federal o multou em R$ 122 mil, em 2014, pela omissão das explicações de uma evolução patrimonial de R$ 280 mil.

Trajetória

Bendine chegou à presidência do Banco do Brasil referendado pelo atual ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que também trabalhou no Banco do Brasil. À época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrava dos bancos públicos uma redução da taxa de juros e a expansão do crédito – e isso levou à demissão de Antonio Francisco de Lima Neto. O atual comandante da Petrobras não é filiado ao PT e costumeiramente nega seu envolvimento com a política. No entanto, foi agraciado com privilégios como a expedição de um passaporte diplomático.

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