“A cada dia que passa se vai conhecendo mais o real contexto do lamentável episódio envolvendo a visita da comitiva de senadores brasileiros à Venezuela. Não foram “apenas” o desinteresse do governo brasileiro em relação à comitiva e uma extrema boa vontade com os interesses do presidente Nicolás Maduro que possibilitaram a humilhante situação da missão oficial do Senado, que teve de voltar ao País horas depois de aterrissar em solo venezuelano, sem ter cumprido qualquer compromisso de sua agenda.
O estranho comportamento do embaixador brasileiro em Caracas – que, num primeiro momento, assegurou que a comitiva seria acompanhada por integrantes da chancelaria e depois abandonou os senadores à própria sorte – evidencia que houve mais do que mera confusão. Houve ordem explícita do Itamaraty para não acompanhá-los.”
É o que destaca texto da editoria de Opinião, desta terça-feira (23), do jornal o Estado de S.Paulo.
“O conturbado episódio põe em manifesto algumas verdades inconvenientes. Deixa claro mais uma vez que o verdadeiro condutor da política externa brasileira não é o ministro de Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira. É o professor Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais. Preocupa especialmente o fato de a política externa brasileira ser gerida sem qualquer conexão com os interesses do País. Está, isso sim, umbilicalmente conectada com os interesses domésticos dos amigos de seus condutores. Logicamente, Nicolás Maduro não queria qualquer tipo de visita a seus presos políticos. Deseja mantê-los bem isolados. E Garcia dá mostras de compreender bem as razões de Maduro.”
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