
Foto: Agência Câmara
A opinião de Castro endossa a de quatro governadores tucanos – Reinaldo Azambuja (MS), Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO) – que, na quinta-feira (5), promoveram uma reunião em que criticaram as políticas do governo federal para o setor.
Os tucanos destacaram que o etanol é um combustível não-poluente e mais barato do que os derivados do petróleo, mas os governos de Lula e Dilma deram foco excessivo à exploração de petróleo, por conta do pré-sal. Marconi citou a “redução drástica de políticas de apoio” e Azambuja contestou a “política equivocada” das gestões petistas. Richa criticou ações improvisadas e Alckmin lembrou outra vantagem do etanol sobre os combustíveis fósseis – maiores facilidades na transmissão do material.
Crise “sem precedentes”
Rodrigo de Castro definiu o momento atual do etanol como o de uma “crise sem precedentes”. O deputado lembrou a ausência de investimentos em estrutura, que levaram ao sucateamento da cadeia do produto.
E acrescentou que o etanol foi também vítima das falhas na política econômica da gestão petista. “As tarifas dos combustíveis foram, por motivos eleitoreiros, congeladas. E agora a conta veio. A corrupção foi destampada e quem pagou a conta foi tanto a população quanto o setor do etanol, que teve seus preços defasados”, disse.
Planos para a comissão
O deputado disse que o etanol estará entre suas prioridades na Comissão de Minas e Energia.
“Queremos trazer os representantes do setor para conversarmos e, dentro das possibilidades do Congresso, valorizar a produção do etanol”, declarou.