O deputado federal Antonio Imbassahy (BA) considerou tardia a saída de Graça Foster do comando da Petrobras. Na opinião do parlamentar – que até o início deste mês respondeu pela liderança do PSDB na Câmara -, a exoneração de Foster deveria ter acontecido há mais tempo, desde que começaram as investigações sobre o esquema de corrupção instalado na estatal. “A permanência prolongada dela na presidência da companhia só serviu para aprofundar o desgaste e o descrédito da nossa maior companhia junto aos brasileiros e também no exterior. Essa diretoria já vai tarde”, comentou.
Segundo o tucano, que integrou a CPMI do Petrolão e reiteradas vezes pediu o afastamento da presidente da Petrobras, Foster foi mantida pela presidente Dilma com a missão de proteger os companheiros do PT e esconder o verdadeiro assalto que vinha sendo feito aos cofres da empresa. “Ela já tinha perdido a autoridade moral, mentiu durante o seu depoimento na CPMI, usou o cargo para dificultar a investigação”, lembrou.
Em novembro do ano passado, Imbassahy chegou a encaminhar representações à Procuradoria da República no Distrito Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo o afastamento de Foster. Para o deputado, o próximo presidente da Petrobras deverá ser escolhido pelos critérios da competência e eficiência, com autonomia para aprofundar as investigações, ter credibilidade e, mais que isso, independência para adotar as medidas necessárias, sem precisar se curvar aos interesses do Palácio do Planalto. “Esse seria o perfil ideal, mas não acredito que o governo indique um nome com tais características, Dilma e Lula não aceitariam alguém assim, não é do interesse deles”, afirmou.