Na tentativa de justificar a derrota do segundo turno eleitoral, líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) continuam insistindo no discurso de perseguição política, referindo-se ao impeachment da presidente Dilma Rousseff – ao que chamam de golpe político -, e a investigação da Operação Lava-Jato, segundo eles injusta.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSDB foi o partido que mais elegeu prefeitos no segundo turno das eleições. Foram 14 prefeituras conquistadas de um total de 19 em que o partido disputava o cargo, incluindo cinco capitais brasileiras – Belém, Maceió, Manaus, Porto Alegre e Porto Velho. Já o PT, que disputava sete prefeituras, não elegeu nenhum candidato, nem mesmo onde nasceu, no ABC Paulista.
Em declaração ao Correio Brasiliense, o líder do partido no Senado Federal, Humberto Costa (BA), garante que os mesmos fatores que causaram a derrota no primeiro turno estiveram presentes agora. “O motivo foi a ampla rejeição ao PT por causa de perseguição”.
Para o líder do PSDB na câmara Antonio Imbassahy, a derrota do PT no segundo não foi surpresa. “Se o resultado no 1º turno do pleito já tinha sido um duro recado ao PT – que apostou na fábula do “golpe” e foi repudiado em todo o Brasil – agora, no 2º turno, quando insistiram em mentir para a população sobre os efeitos da PEC 241, foram mais uma vez devastados. Todos os sete candidatos do PT que ainda concorriam foram derrotados, enquanto Lula e Dilma não participaram de nenhum comício e sequer compareceram para votar em suas respectivas cidades: São Bernardo e Porto Alegre. A nova justificativa, de uma suposta perseguição, além de não fazer sentido algum será mais uma vez ignorada pela população”, declarou Imbassahy.