Os 60 anos da Petrobras chegaram sem clima para comemorações. Como presente de aniversário, a empresa teve sua nota de risco rebaixada por uma das maiores agências de classificação de risco do mundo, a Moody’s.
O altíssimo endividamento da estatal foi decisivo na avaliação da Agência, que rebaixou a nota de crédito da empresa de A3 (mais alta qualidade) para Baa1(qualidade média).
A empresa tem sido instrumento de perpetuação de poder na mão dos petistas. Sem avaliar os riscos, o governo usa a estatal para manter o Brasil da propaganda, controlando supostamente a inflação por meio do congelamento dos preços dos combustíveis.
Com o valor defasado em relação ao mercado internacional, a Petrobras deixa de gerar caixa e perde sua capacidade de investimento. A dívida líquida chegou a R$ 147,8 bilhões ao fim de 2012, perante os R$ 103 bilhões do ano anterior. Desde 2009, a dívida da companhia aumentou 210%.
A Petrobras é apenas a ponta de um iceberg de erros e descaso do governo. Pesquisas que medem a expectativa dos brasileiros – empresários e consumidores – em relação ao Brasil mostram o receio de se empreender no país.
O senador Aécio Neves, em seu artigo para a Folha nesta segunda-feira (7), sugeriu os desafios que devem ser superados para ampliar a competitividade brasileira no mercado internacional: “a simplificação do nosso sistema tributário, a qualificação da educação e da nossa mão de obra; maior integração internacional e a adoção de políticas públicas de incentivo à inovação”.
O Brasil precisa de gestores eficientes que administrem bem o país e das empresas que podem alavancar o crescimento, como é o caso da Petrobras. O trabalho deve ser sempre em prol dos brasileiros e não de um projeto de poder.
Secretário de Estado de Governo de Minas Gerais