Brasília (DF) – Pelos dados da Secretaria de Portos (SEP), os investimentos bilionários do governo federal, nos últimos anos, para ampliar a capacidade da maioria dos portos para receber a nova geração de navios, foi insuficiente. Sem manutenção adequada, alguns portos já perderam o ganho obtido com a dragagem de aprofundamento, que custou R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.
As informações estão publicadas no jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (5).
Cada um centímetro perdido na profundidade do canal significa deixar de carregar, por exemplo, oito contêineres (ou R$ 24 mil) por navio. Quanto maior a profundidade de um porto, maior é o tamanho das embarcações que podem atracar nele – ou seja, mais produtos podem ser carregados numa única viagem e menor tende a ser o custo logístico.
As limitações, no entanto, têm afetado portos como Santos, em São Paulo; Salvador, na Bahia (foto); Itapoá, em Santa Catarina; e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, entre outros. Quase todos os portos passaram por obras do Programa Nacional de Dragagem (PND), lançado em 2007 para a de quatro portos à nova frota de navios. Pelas regras da época, o governo federal ficava responsável pela dragagem de aprofundamento e as Companhias Docas, que administram os portos, fariam a manutenção.