Antes de assumir a Presidência em 2011, Dilma Rousseff se comprometeu a construir 6 mil creches no país. Não cumpriu. Até junho deste ano, entregou somente 379, de acordo com o 10º Balanço do PAC. A situação poderia ser muito diferente se houvesse uma composição mínima de ética com eficiência administrativa por parte do PT e se ao menos uma grande obra do governo não ficasse com um sobrepreço gigantesco.
Mas a realidade ficou muito distante disso. Praticamente todas as obras de grande impacto feitas – ou melhor, iniciadas, porque a maioria não ficou pronta – por Dilma registraram um desperdício sem precedentes de dinheiro. Muito dinheiro.
Somando-se os valores que foram pelo ralo em somente cinco dessas obras chega-se à quantia de R$ 53,6 bilhões. Isso mesmo. Cinquenta e três bilhões e seiscentos milhões de reais. As obras da Refinaria Abreu e Lima, do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), da Transposição do Rio São Francisco, da Hidrelétrica de Belo Monte e da Usina de Angra 3 deveriam custar R$ 63,3 bilhões, mas vão torrar pelo menos R$ 116,9 bilhões dos cofres públicos.
Dilma não foi capaz de construir 5.621 das 6 mil creches que prometeu. Com os R$ 53,6 bilhões desperdiçados nessas cinco obras, poderia ter construído 23.304 creches, cada uma delas para atender até 300 crianças. Se preferisse investir na Saúde, daria para construir 131 mil UBSs, ou seja, mais de 5 mil unidades para atender à população em cada um dos 26 Estados do país. Esse desperdício de dinheiro precisa acabar.