Brasília – O nome do ministro Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, estava em uma agenda pertencente ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso pela Polícia Federal. Há dois telefones do ministro na lista – que conta também com outros nomes e siglas que, segundo a PF, pertencem a políticos.
A informação foi divulgada em reportagem publicada nesta segunda-feira (22) pela Folha de S. Paulo. A matéria mostra que a PF apura as relações entre Costa e Rossetto. “Ninguém está na agenda de outra pessoa por acaso”, avaliou o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB-PB). Para o tucano, a citação de um integrante do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff revela que os negócios controversos que envolvem a Petrobras podem ainda estar em fase de descobertas.
Costa está preso pela PF desde março. Ele foi detido após a deflagração da operação Lava Jato, que investiga operações de lavagem de dinheiro e que deteve o doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor da Petrobras foi indiciado devido à sua suspeita de participar do esquema.
Carneiro disse que o quadro traduz a necessidade de mais investigações sobre a Petrobras. “São circunstâncias como essas que deixam claro que precisamos de uma CPI, precisamos compreender o que realmente ocorre com a estatal. Não podemos deixar situações sem resposta”, destacou.