
Foto: Alexssandro Loyola
Os delatores relataram que os pagamentos eram feitos em dinheiro, doações oficiais ou via remessas em contas no exterior. As propinas chegavam a R$ 20 milhões. A “comissão” cobrada para conseguir contratos na Diretoria de Serviços era de 2%. Segundo Augusto, o ex-diretor de Serviços Renato Duque pediu as doações ao partido da presidente da República. “A presidente Dilma, segundo a investigação da Operação Lava Jato, utilizou dinheiro do Petrolão para se eleger, em 2010. Esse é um fato gravíssimo”, alertou Imbassahy da tribuna nesta quarta-feira (3). Leia a íntegra do pronunciamento.
Pela primeira vez são divulgados fatos comprovando o uso do dinheiro de origem criminosa nas campanhas do PT, destaca o líder. O tucano reforça a necessidade de apurar se o Petrolão irrigou também a campanha deste ano. “Para o bem do Brasil e da nossa democracia é necessário que tudo fique devidamente esclarecido”, declarou.
Dilma integra a gestão petista desde o início: foi ministra das Minas e Energia e da Casa Civil. Entre 2005 e 2010, integrou o Conselho de Administração da petroleira, ou seja, acompanhava de perto as atividades da empresa. “Não dá para acreditar que a presidente Dilma, que tem afirmado que não sabia de nada, não tenha se utilizado dessa estrutura criminosa para se manter no poder”, completou Imbassahy.
Fonte secou
Com a descoberta do esquema do mensalão, a fonte utilizada no esquema de corrupção secou e a organização se instalou na Petrobras, explicou o líder. O esquema era o mesmo, apenas mudou a fonte de financiamento. A revelação dos delatores é de enorme gravidade, explica o deputado, e compromete a legitimidade da petista.“E o Brasil, que vive hoje com uma crise de natureza econômica, que passa por uma crise moral e ética, tem uma presidente sob suspeita e que poderá enfrentar graves consequências”, concluiu Imbassahy.
Do Portal do PSDB na Câmara