O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (22), por meio da equipe econômica, a decisão de rever a meta fiscal para pagar os juros da dívida, bem como a previsão de novo corte de gastos.
De acordo com reportagem publicada no portal de notícias G1, o “chamado superávit primário foi revisto para R$ 8,7547 bi em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB, ante previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB).”
O corte adicional de R$ 8,6 bilhões no orçamento deste ano totalizará um contingenciamento acumulado de R$ 79,4 bilhões nos gastos. “A mudança da meta se deve, segundo os ministros, a uma queda na previsão de receita. A previsão de receita líquida total foi reduzida em R$ 46,7 bilhões, para R$ 1,112 trilhão”, destaca a matéria.
Parlamentares do PSDB criticam medidas
Segundo o deputado federal Antonio Imbassahy (BA), a expansão da oferta de vagas em creches e pré-escolas – uma das promessas de campanha de Dilma – será afetada pela redução do orçamento do Ministério da Educação. “Dos R$ 9,2 bilhões cortados na pasta, R$ 3,4 bilhões (37%) eram destinados à construção de unidades de educação infantil, além de quadras esportivas. A medida vai comprometer a obrigatoriedade de matrícula, a partir de 2016, de todas as crianças de 4 e 5 anos, prevista na legislação desde 2009. E ainda vem com esse papo furado de Pátria Educadora”.
Já o deputado federal Jutahy Magalhães Jr (BA) lembrou que o aumento do índice de desemprego com as medidas tomadas pelo governo Dilma. “Salvador hoje é a capital com maior índice de desemprego aferido pelo IBGE. Chegamos ao preocupante 11,4% de desempregados e todo o Brasil teve aumento nos índices de desemprego”.
“Significa que o ajuste fiscal proposto desde o início do ano não deu certo, foi um remendo; e que ajuste fiscal e remendos não resolvem os graves e profundos problemas do governo e da economia brasileira”, avalia o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Para o tucano, “o rating do Brasil cairá. A comunidade internacional hoje está resistente. O mercado mundial já se recuperou e o país vai decrescer 1.7% contra 3% do crescimento mundial.”
Rodrigo de Castro (PSDB-MG) completa: “ A cada mês o governo recua e deixa a população desamparada. Trata-se da constatação de que ele não cumpre suas palavras e promessas.” O deputado mineiro resume: “Nesse momento, mais uma vez, o PT e a presidente Dilma dão mostra do estelionato que praticam contra os brasileiros. Lançam planos e metas mirabolantes e quem perde é a população.”