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“Um milhão!”, por José Júnior

16 de março de 2015
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afroreggaeHoje fomos mais de um milhão nas ruas. Em São Paulo, no Rio, em Minas. Em Manaus, em Curitiba, em Brasília. Nas capitais, no interior. No Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste, no Norte e no Nordeste.
Não negamos a política nem ignoramos o papel dos bons políticos. Mas o protagonista de hoje foi o cidadão comum. Eu, você, sua família, seu vizinho, seus amigos.

Não somos financiados por partidos, ou sindicatos, ou governos, ou empresas. Fomos às ruas porque somos cidadãos livres, em paz com as nossas consciências e porque queremos tomar as rédeas do destino do nosso país. Nos últimos dias, tentaram desqualificar a nossa indignação. “Elite”, “Burguesia”, “madames”, “coxinhas”, “reacionários”. Eles estão cegos, surdos e desorientados. Este repertório de agressões e xingamentos não oferece mais as respostas de que o país precisa.

Olhem à volta e vejam a onda que se levantou. Quem estava na rua hoje era o Brasil. Um país miscigenado, rico em contrastes, mas unido em torno de uma única língua e uma única bandeira.
Entre nós há os que pregam o impeachment da presidente da república, o que exigem sua renúncia e os que pedem ao Ministério Público e ao Judiciário que não se furtem a investigá-la. Há até um pequeno grupo que defende intervenção militar, mas que certamente não fala pela avassaladora maioria democrática e pacífica que saiu às ruas neste domingo.

O que todos que se manifestaram têm em comum é a certeza de que o governo da presidente Dilma Roussef perdeu completamente a credibilidade. A reeleição foi obtida por meio da mentira e da divisão do país. A maquiagem na economia durou apenas o necessário para que se enganasse o eleitor.
Dilma negou o quanto pôde a corrupção na Petrobras. Só admitiu que houve desvio de dinheiro a uma semana da eleição. Mas até hoje não pediu desculpas. O PT é assim: não se arrepende de nada, não se desculpa, não volta atrás em sua marcha de mentiras e insensatez.

Os ministros do governo que falaram agora há pouco não trouxeram nada de novo. Um deles disse que quem se manifestou hoje não são os eleitores da Dilma. Ele não entendeu nada. Ministro, pare de tentar dividir o país se quiser dar ao governo alguma chance de se conciliar com o país.
Agora nós vamos ensinar a eles esta lição: não é o povo que deve temer os políticos. Os políticos é que devem temer o povo.

Continuaremos nas ruas.

Texto de José Júnior, da ONG Afroreggae, que em 2014 foi o coordenador para a juventude do programa de governo da campanha de Aécio Neves à Presidência da República

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