O projeto de Lei, de autoria do deputado estadual Adolfo Viana (PSDB-BA), que reconhece a Vaquejada como parte do Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia foi aprovado nesta quarta-feira (19) na Assembleia Legislativa. Com a proposta de preservar o evento e impedir que seu aspecto seja descaracterizado com o passar do tempo, a matéria segue para sanção do governador.
Empenhado em evitar que a manifestação cultural milenar perca sua essência, o parlamentar não poupou energia para buscar assinaturas dos deputados da Casa no intuito de pedir dispensa de formalidade para que o documento fosse aprovado. “O que eu desejo é preservar a história, contribuir para manter a tradição de um povo. Sou muito agradecido aos pares pelo apoio e com certeza esse é um grande passo para garantir o pleno exercício dos direitos culturais, como estabelece a Constituição Federal”, disse o parlamentar.
A prática é milenar e estudos apontam que atividade parecida já existia nos idos de 1810, mas o primeiro registro da ocorrência de vaquejada data de 1874. No Nordeste, o gado era criado solto e muitos se reproduziam dentro do mato. Os vaqueiros recebiam a tarefa de capturar os filhotes considerados selvagens porque, até então, não tinham contato com seres humanos. A técnica passou a dar destaque aos homens pela coragem e habilidade, logo se tornou pública dando surgimento aos torneios promovidos em todo o país, gerando centenas de empregos.