A lei que declara a vaquejada como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia foi sancionada pelo governador Jaques Wagner nesta última sexta-feira (28) e publicada na edição deste sábado (29) do Diário Oficial do Estado. O projeto de Lei, de autoria do deputado estadual Adolfo Viana (PSDB-BA), que reconhece a Vaquejada como parte do Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia foi aprovado no último dia 19 na Assembleia Legislativa.
Tradição no Nordeste brasileiro, a vaquejada é classificada como uma atividade recreativo-competitiva em que dois vaqueiros devem emparelhar o boi até uma marca e derrubá-lo. Empenhado em evitar que a manifestação cultural milenar seja descaracterizada, o parlamentar tucano comemora a confirmação da lei que tem validade em todo o território baiano. “Essa é uma vitória de todos. Estou retribuindo com trabalho a confiança que me foi dada”, afirmou Adolfo Viana, ressaltando que seu desejo “é preservar a história, contribuir para manter a tradição de um povo. Sou muito agradecido aos deputados pelo apoio e com certeza esse é um grande passo para garantir o pleno exercício dos direitos culturais, como estabelece a Constituição Federal”.
A prática é milenar e estudos apontam que atividade parecida já existia nos idos de 1810, mas o primeiro registro da ocorrência de vaquejada data de 1874. No Nordeste, o gado era criado solto e muitos se reproduziam dentro do mato. Os vaqueiros recebiam a tarefa de capturar os filhotes considerados selvagens porque, até então, não tinham contato com seres humanos. A técnica passou a dar destaque aos homens pela coragem e habilidade, logo se tornou pública dando surgimento aos torneios promovidos em todo o país, gerando centenas de empregos.