O estado de sucateamento da Petrobras, agravado pela corrupção generalizada instalada na estatal durante as gestões petistas, teve mais um capítulo negativo nesta quarta-feira (20), quando as ações preferenciais da petrolífera fecharam em R$ 4,43 – a mínima do dia chegou a ficar em R$ 4,26. O baixíssimo valor é insuficiente para comprar sequer um litro da gasolina vendida pela própria Petrobras em diversos postos espalhados pelo país.
De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (21), em postos de Mangaratiba e Angra dos Reis, ambas no Rio de Janeiro, o consumidor chega a pagar mais de R$ 4,70 pelo litro do combustível, segundo estudo feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nas capitais, o preço mais alto foi encontrado em Salvador, onde o litro da gasolina chegava a R$ 4,25.
Fuga de investidores
A péssima situação da estatal, aliada aos baixos preços do petróleo no mercado internacional – o valor do barril sofre com seguidas quedas, chegando a custar menos de US$ 27 – deve tornar ainda mais difícil a realização de projetos de exploração no Brasil, cujos custos de produção são elevados. Matéria do Correio Braziliense desta quinta destaca a opinião do economista-chefe da Itaim Asset Management, Ivo Chermont, que acredita haver um mau humor generalizado em relação à economia mundial, o que deve aumentar a rejeição às ações da Petrobras.
A alta do dólar também é motivo de temor na estatal. Com uma astronômica dívida de R$ 508 bilhões, a maior de uma empresa em todo o planeta, a Petrobras vê o crescimento da cotação da moeda norte-americana fazer o seu débito aumentar a cada dia, uma vez que 80% do valor são devidos em dólar.