PSDB – CE

Agenda política de Dilma atrasa entregas do Minha Casa, Minha Vida no Ceará

minha_casa_minha_vidaQuase 400 famílias de Pacatuba, região metropolitana de Fortaleza (CE), tiveram o sonho da casa própria adiado em mais de um mês devido à agenda política da presidente Dilma Rousseff. As famílias aguardam as chaves de suas novas moradias, construídas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.

As obras foram concluídas em janeiro, mas os moradores estão proibidos de fazer a mudança enquanto não for realizada a cerimônia oficial de entrega, com a presença da petista.

As informações são de reportagem desta segunda-feira (17) do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito da cidade, José Alexandre Alencar (PROS), disse que está tudo pronto para a “festa” de inauguração. A entrega só não ocorreu pela falta de horário na agenda da presidente, que faz questão de estar presente.

Oportunismo

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o atraso na entrega das casas reflete a visão oportunista e eleitoreira que a gestão petista tem dos programas sociais.

“A gente observa que o governo atrasa a entrega de diversas obras por conta da agenda política da presidente Dilma. Inclusive aqui, no estado do Ceará, já ocorreram outros episódios em que estava prevista a vinda da presidente para um festival de entrega de maquinários, tratores e caçambas, com o único objetivo de montar um palanque político”, afirmou.

Máquina pública

 De acordo com a secretária de Assistência Social de Pacatuba, Elisangela Campos, é imperativo que as casas sejam entregues o quanto antes, já que todos os dias dezenas de famílias recorrem ao órgão culpando a prefeitura pelo atraso.

“Se ela [Dilma] puder vir, vai ser uma honra, mas, caso contrário, ela poderia mandar um representante”, afirmou à Folha. “Precisamos entregar essas casas, todo mundo está cobrando e tem gente que acha até que o nome foi retirado da lista de beneficiados”, afirmou a secretária.

O atraso também causa prejuízos aos beneficiários, que são obrigados a continuar pagando aluguel, e à construtora responsável, que tem que arcar com custos de vigilância e manutenção das casas.

Tristeza

“Isso é um triste uso da máquina pública em aspectos políticos, para bancar festas de inauguração de empreendimentos, para trazer ministros, o que gera gastos de locomoção. Enquanto isso, temos obras estruturantes como os aeroportos, acessos ao estádio Castelão, a própria Transnordestina e a transposição do rio São Francisco, com o andamento muito atrasado”, acrescentou Gomes de Matos.

O parlamentar acrescentou ainda que: “Infelizmente, essa prerrogativa da agenda política da presidente Dilma, em detrimento da entrega de serviços à população, não acontece só no Ceará, mas em todos os estados do Brasil”.

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