Viajar de avião ficará ainda mais caro e o processo deverá voltar a ser privilégio de poucos brasileiros. Após as companhias aéreas anunciarem que as passagens serão majoradas este ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu reajustar o teto das tarifas aeroportuárias. Com isso, a tarifa máxima de embarque doméstico, por exemplo, passará de R$ 18,13 para R$ 20,37. No embarque internacional, a tarifa subiu de R$ 32,09 para R$ 36,08. Os novos valores passam a vigorar em 30 dias.
De acordo com matéria do jornal Correio Braziliense desta terça-feira (2), a portaria foi publicada, nesta segunda-feira (1°), no Diário Oficial da União, e estipula novos valores para as taxas desembarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e movimentação de cargas e mercadorias, exceto para aeroportos concedidos à iniciativa privada. Conforme a Anac, o reajuste leva em consideração a inflação acumulada entre dezembro de 2014 e de 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi 10,67%.
Segundo o Correio, a Associação Brasileira de Empresas de Aviação Civil (Abear) também anunciou que as passagens vão ficar mais caras – já que 60% dos gastos das companhias aéreas são em dólares e a moeda norte-americana se valorizou 47% em relação ao real no ano passado. Para recuperar o prejuízo, as empresas iniciaram um processo de redução de oferta, com a retirada de vários voos da malha, e a tendência é de recuo de 7% em 2016.
Dados divulgados pelo Ministério do Turismo revelaram que apenas 38,8% dos viajantes disseram ter intenção de usar avião no primeiro trimestre de 2016. Entre os com renda familiar abaixo de R$ 2,1 mil, a intenção cai para 21,6%.