PSDB – CE

Analista prevê moeda americana a R$ 5 até o fim do ano, caso a crise política se acentue

dolares-Foto-Divulgacao--300x191Diretor da equipe de mercados emergentes do banco francês Société Générale,  Bernd Berg acredita numa possível alta do dólar, chegando a R$ 5, até o final do ano, caso a situação política do país se acentue ainda mais.

Esse contexto nada otimista foi traçado em entrevista ao jornal “O Globo”, veiculada na editoria de Economia, nesta terça-feira (22).

O jornal destaca  que um dia após o rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor’s, o diretor do francês Société  divulgou relatório prevendo que o dólar custaria R$ 4,40 dali a oito semanas.“Para ele, a disparada da moeda será desencadeada pelo iminente downgrade da nota brasileira por uma das duas outras grandes agências globais. O economista não vê espaço no horizonte para o fortalecimento do real e acha que, caso a situação política degringole ainda mais, o dólar tem potencial para atingir, no fim do ano, a até então impensável cifra de R$ 5”, reforça a matéria.

Na entrevista, Berg fala sobre cenários e o que poderia ocorrer com o Brasil no caso de um novo rebaixamento.

Segundo ele, “isso intensificaria a venda de ativos, motivada pelo pânico de investidores internacionais, porque fundos de pensão e grandes investidores estrangeiros terão de se desfazer de aplicações se mais uma agência rebaixar o Brasil. Eu também espero a intensificação da turbulência, especialmente para a moeda, que é a parte mais vulnerável. No dia de um segundo downgrade, veremos imediatamente uma depreciação de 5% do real.”

E também demonstra ceticismo em relação ao pacote de ajuste fiscal.

“Dá para ver que o governo está em pânico, tentando evitar um segundo downgrade, porque sabe que isso resultará em uma grande saída de capitais do país. Daí o pacote fiscal anunciado recentemente. Mas eu sou cético quanto à aprovação dessas novas medidas no Congresso, sobretudo da CPMF. Então, vejo pouco efeito prático nesse pacote”, disse ao “O Globo.”

Confira aqui a íntegra da entrevista
Ver mais