Brasília (DF) – Em manifestação conjunta dos Brics – grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – após os ataques em Paris que deixaram pelo menos 129 mortos e 350 feridos, a presidente Dilma Rousseff defendeu um combate internacional “sem trégua contra o terrorismo” e manifestou o “mais veemente repúdio contra os atos de barbárie da organização terrorista Estado Islâmico”.
As informações são de reportagem desta segunda-feira (16/11) publicada no jornal Valor Econômico.
O discurso, porém, é bem diferente da afirmação polêmica que a presidente petista fez em setembro deste ano, durante Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Na ocasião, Dilma condenou os ataques que os Estados Unidos promoveram aos radicais do Estado Islâmico, na Síria e no Iraque.
“Eu lamento profundamente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU”, declarou a presidente.
“Vocês acreditam que bombardear o ISIS [sigla em inglês para Estado Islâmico] resolve o problema? Porque, se resolvesse, eu acho que estaria resolvido no Iraque. E o que se tem visto no Iraque é a paralisia”, disse Dilma a jornalistas em Nova York.
Na época, Dilma chegou a comparar os bombardeios direcionados ao Estado Islâmico na Síria a situações como os conflitos entre países como Israel e Palestina, e Rússia e Ucrânia, criticando as intervenções militares como solução para os conflitos. Ainda assim, o Estado Islâmico, como um grupo radical terrorista, não pode ser reconhecido como um ator político, passível de negociações.